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Parem de matar o Facebook

18.5.2021

Sara Alves Chief of Content & Copy Officer


Vaticina-se, recorrentemente, a morte do Facebook, tal como todos os anos se fala do alegado definhar do Partido Comunista Português (PCP) que, segundo dizem as más línguas, caminha para o mesmo triste fado. Este pode parecer um paralelo improvável, mas podem existir aqui mais pontos de contacto do que pensávamos.

Apesar de todos dizermos que já nem acedemos com regularidade ao Facebook, que só lá vamos para passar os olhos naquele grupo antigo da universidade, a verdade é que a rede social de Mark Zuckerberg está de boa saúde. Tal como o PCP parece estar: só no primeiro trimestre de 2021 recrutou mais militantes do que em “todo o ano de 2020”, segundo um artigo de opinião publicado em abril deste ano no jornal “Avante!”.

Números igualmente interessantes apresenta o Facebook que, apesar da ascensão de outras redes sociais como o jovem TikTok, continua a ser a maior rede social do mundo, segundo os dados recentes publicados pela Statista.

O Facebook registou mais de 2,7 mil milhões de utilizadores ativos mensais no segundo trimestre de 2020. No terceiro trimestre de 2012, ultrapassou os mil milhões de utilizadores ativos, sendo a primeira rede social a atingir este marco.

Se tivermos em conta todas as plataformas que fazem parte da “família” Facebook, isto é, o Instagram, o WhatsApp e o Messenger, o número de utilizadores ativos mensais no segundo trimestre de 2020 é ainda mais impressionante, ascendendo aos 3,14 mil milhões.

O Facebook acaba por ser como aquela série que todos vemos, mesmo que pontualmente, mas temos algum pudor em admitir em voz alta. Por tudo isto, recuso-me a precipitar a morte do Facebook.

Afinal, contra números não há argumentos.